Como identificar uma Alienação Parental?
- Martins, Jacob & Ponath
- 4 de jun.
- 7 min de leitura
A alienação parental é um problema que pode destruir os laços afetivos entre pais e filhos, afetando a vida de toda a família. Muitas vezes, o genitor alienado não percebe imediatamente o que está acontecendo, e a criança sofre calada, presa em um conflito que não entende totalmente. Por isso, saber como identificar alienação parental é fundamental para proteger o desenvolvimento emocional e psicológico da criança e garantir que ela tenha o direito de conviver com ambos os pais.

O que é Alienação Parental?
A alienação parental é uma forma de violência psicológica que ocorre quando um dos pais manipula a criança para que ela rejeite ou crie aversão ao outro genitor, sem que exista um motivo legítimo para isso. Essa manipulação pode ser feita de várias formas, como falar mal do outro genitor, impedir o contato ou até mesmo criar situações que façam a criança sentir medo ou raiva sem fundamento.
É importante destacar que a rejeição verdadeira só é compreensível em casos onde há risco real para a criança, como violência doméstica, abuso ou negligência comprovados. Quando a criança rejeita um dos pais apenas porque foi influenciada a isso, estamos diante de alienação parental.
Esse fenômeno pode ocorrer tanto em separações litigiosas, onde há conflitos judiciais, quanto em situações familiares onde há desequilíbrio emocional e controle de um dos genitores.
Como Identificar Alienação Parental: Sinais e Comportamentos
Saber como identificar alienação parental é o primeiro passo para proteger a criança. Os sinais muitas vezes são sutis, mas existem comportamentos que devem acender o alerta para os pais e responsáveis:
Rejeição inexplicável: A criança começa a rejeitar o contato com um dos pais sem um motivo real. Por exemplo, recusa-se a ir para a casa do genitor alienado, evita falar sobre ele e demonstra medo ou raiva intensa, sem acontecimentos que justifiquem essa reação.
Falas negativas repetitivas: Muitas vezes, a criança repete frases e opiniões negativas sobre o genitor alienado, que parecem copiadas do discurso do outro pai ou mãe. São críticas que vão além da opinião infantil, com termos de adultos que a criança dificilmente usaria sozinha.
Mudança no comportamento emocional: A criança pode apresentar ansiedade, tristeza profunda, isolamento, dificuldades para dormir e até sintomas físicos, como dores de cabeça ou no estômago, que são manifestações do sofrimento psicológico.
Dificuldade de comunicação: O genitor alienado percebe que o filho evita falar sobre ele ou demonstra desconforto quando o assunto vem à tona.
Interferência constante do genitor alienador: O pai ou mãe que pratica a alienação controla rigidamente o que a criança fala, para quem ela liga e até mesmo como ela deve se comportar em relação ao outro genitor.
Exemplos práticos de alienação parental
Um exemplo clássico é quando, após a separação, um dos pais começa a dizer que o outro é “ruim” ou “não gosta do filho”, para justificar a ausência e incentivar a criança a rejeitar o contato. Ou ainda, quando o genitor proíbe a criança de visitar o outro pai/mãe, dizendo que isso “não é bom para ela”.
Perguntas Frequentes:
1. Meu filho começou a falar mal de mim sem motivo. Isso é alienação parental?
Sim, essa é uma situação comum. Quando uma criança começa a falar mal ou a demonstrar sentimentos negativos contra um dos pais sem um motivo real, isso pode indicar alienação parental. A criança normalmente não tem capacidade para formar essas opiniões sozinha e pode estar repetindo o que ouviu do outro genitor.
2. O que diferencia a alienação parental do afastamento natural?
O afastamento natural ocorre quando há motivos reais, como comportamento abusivo ou risco à criança. A alienação parental é caracterizada pela manipulação, induzindo sentimentos negativos injustificados. O importante é observar se a rejeição é genuína (por proteção) ou induzida (sem base).
3. Como posso ajudar meu filho se ele está passando por alienação parental?
O melhor caminho é buscar ajuda profissional, como psicólogos especializados em terapia familiar e infantil. Além disso, o apoio jurídico pode garantir o direito do convívio com ambos os pais, com medidas legais para proteger a criança.
Como a Alienação Parental Afeta o Desenvolvimento Emocional e Psicológico da Criança
A influência negativa da alienação parental vai muito além do momento em que ocorre. O impacto emocional pode durar por toda a vida, afetando o desenvolvimento da criança em várias áreas:
Confusão emocional: A criança fica dividida entre sentimentos de amor e medo, o que pode gerar angústia constante.
Sentimento de culpa: Ela pode se sentir responsável por conflitos entre os pais ou por magoar um deles.
Dificuldades na escola: Ansiedade e tristeza podem afetar a concentração e o rendimento acadêmico.
Problemas sociais: A criança pode se tornar retraída, ter dificuldades em fazer amigos e até apresentar comportamentos agressivos.
Risco de transtornos psicológicos: Como ansiedade, depressão e baixa autoestima, que podem se estender até a vida adulta.
Esses efeitos mostram que a alienação parental não é um problema simples ou passageiro, é uma violação dos direitos da criança que precisa ser enfrentada com seriedade.
Direitos da Criança e Medidas Legais Contra a Alienação Parental
A lei brasileira reconhece a gravidade da alienação parental e protege o direito da criança de conviver com ambos os pais de forma saudável. A Lei nº 12.318/2010 trata especificamente do tema, definindo a alienação parental e as medidas que podem ser adotadas para combater essa prática.
Quais são as medidas previstas na lei?
Advertência ao genitor alienador: Para que cesse imediatamente as atitudes que prejudicam o convívio da criança.
Aumento do regime de convivência com o genitor alienado: Para fortalecer o vínculo afetivo e garantir o contato.
Acompanhamento psicológico para a criança e para o genitor alienador: Com o objetivo de tratar os efeitos emocionais e modificar comportamentos.
Alteração da guarda: Em casos mais graves, pode haver mudança da guarda para proteger o interesse da criança.
Multas e outras sanções: Para coibir o comportamento abusivo.
É fundamental que os pais conheçam esses direitos para agir de forma consciente e responsável.
Como Proceder ao Suspeitar de Alienação Parental?
Ao perceber os sinais de alienação parental, é natural sentir medo, tristeza e insegurança. No entanto, é importante agir com calma e foco no bem-estar da criança. Veja o que você pode fazer:
Procure ajuda psicológica: Um profissional especializado poderá avaliar o caso e acompanhar a criança, oferecendo apoio emocional.
Reúna provas e documentações: Registre datas, situações e comportamentos que indiquem a alienação. Isso é importante caso precise de medidas judiciais.
Busque orientação jurídica: Um advogado especializado em direito da família pode ajudar a garantir o direito do convívio familiar e orientar sobre os passos legais.
Mantenha o diálogo aberto com seu filho: Sempre que possível, escute a criança, mostre que está disponível para apoiá-la, sem pressioná-la ou confrontá-la.
Evite falar mal do outro genitor: Mesmo que esteja sofrendo, mantenha o respeito e não envolva a criança em conflitos adultos.
Essas atitudes ajudam a minimizar os efeitos da alienação e a construir um ambiente mais saudável.
É Possível Reverter a Alienação Parental?
Apesar do sofrimento que a alienação parental pode causar, é possível reverter esse quadro com paciência, cuidado e o suporte adequado. A recuperação da relação entre a criança e o genitor alienado depende de:
Terapia familiar: Espaço seguro para que todos expressem seus sentimentos e trabalhem os conflitos.
Trabalho psicológico com a criança: Para ajudar a entender e superar as influências negativas.
Compromisso dos pais: Os dois precisam colaborar para o bem-estar da criança, respeitando limites e buscando soluções conjuntas.
Tempo e dedicação: A reconstrução do vínculo afetivo exige tempo e muita paciência, mas é totalmente possível.
Por isso, não desista. Com ajuda profissional e vontade, o amor entre pai e filho pode se fortalecer novamente.
Por que Buscar Ajuda Profissional é Essencial em Casos de Alienação Parental?
Muitas famílias ficam perdidas ao perceber a alienação parental e não sabem como agir. A intervenção profissional é essencial para:
Diagnosticar corretamente o problema, evitando confusões com outras situações familiares.
Oferecer suporte emocional para a criança e para os pais.
Orientar sobre os caminhos jurídicos e psicológicos, garantindo a proteção legal da criança.
Promover a reconstrução dos vínculos afetivos, com técnicas e estratégias adequadas para cada caso.
Se você suspeita que seu filho está passando por alienação parental, não espere que a situação se agrave. Procure ajuda o quanto antes para proteger quem mais precisa: a criança.
Conclusão
Saber como identificar alienação parental é essencial para proteger o direito da criança de ter uma relação saudável e equilibrada com ambos os pais. A alienação não é apenas um conflito entre adultos, mas um abuso emocional que pode causar sérios danos ao desenvolvimento infantil.
Se você percebe sinais de alienação parental, não hesite em buscar ajuda psicológica e jurídica. Agir rapidamente aumenta as chances de proteger a criança e restaurar os laços afetivos. Lembre-se: a criança precisa de amor, segurança e equilíbrio, e é nossa responsabilidade garantir isso.
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David Jacob, Advogado OAB RS 107.013 Martins, Jacob & Ponath Sociedade de Advogados Rua Gomes Portinho, 17 - Sala 302, Centro, Novo Hamburgo - RS Rua Santa Catarina, 653, Bom Pastor, Igrejinha - RS 51 98200-4157
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