Como funciona a perícia do INSS? Descubra tudo
- Martins, Jacob & Ponath
- há 7 dias
- 7 min de leitura
Vai fazer uma perícia do INSS e não sabe o que te espera? Não se preocupe, você não está sozinho. Esse é um momento que causa dúvidas, ansiedade e até medo em muitas pessoas. Afinal, é durante a perícia que o perito médico vai decidir se você tem direito ao benefício que está pedindo.
O que é a perícia do INSS e qual é o seu objetivo real?
A perícia médica do INSS é uma etapa obrigatória e fundamental para todos os segurados que solicitam um benefício por incapacidade. Ela é realizada por um médico perito vinculado ao INSS, que tem a função de avaliar se a doença ou lesão realmente impede o trabalho ou a vida autônoma da pessoa.
Mas atenção: o perito não é o seu médico particular.
Ele vai avaliar o seu caso com base em critérios técnicos e administrativos, definidos pelo INSS. Isso significa que, mesmo que seu médico diga que você não tem condições de trabalhar, o perito pode entender diferente, e negar o benefício.
O objetivo da perícia do INSS é comprovar se há incapacidade laboral (temporária ou permanente) ou, no caso do BPC/LOAS, se a deficiência impede a pessoa de viver de forma independente.
Por isso, o resultado dessa avaliação é determinante, para o pagamento do benefício.
Como funciona a perícia do INSS: entenda o passo a passo completo
Muita gente chega à perícia sem saber o que acontece lá dentro. E é justamente essa falta de informação que pode levar a erros graves.
Veja abaixo como funciona a perícia do INSS passo a passo:
Chegada e identificação: Você deve comparecer ao local indicado com documento de identificação, CPF e comprovante de agendamento.
Apresentação dos documentos médicos: Leve todos os laudos, exames, receitas e relatórios médicos atualizados. O ideal é que os documentos sejam recentes e contenham o CID da doença, descrição da incapacidade e assinatura do médico com CRM.
Entrevista com o perito: O médico vai conversar com você para entender sua história clínica, sintomas e como eles afetam o dia a dia e o trabalho.
Exame físico (se necessário): Dependendo do caso, o perito pode pedir movimentos simples, como levantar um braço, se sentar, subir na maca ou andar alguns passos.
Análise de coerência: O perito compara o que você fala, o que seus documentos mostram e como você se comporta durante a avaliação.
Conclusão: Depois da análise, o perito faz um relatório interno e define se há incapacidade e por quanto tempo.
Mesmo que pareça simples, cada etapa tem grande peso na decisão final. Por isso, é essencial agir com atenção e preparo desde o primeiro minuto.
O que o perito realmente avalia durante a perícia do INSS
O perito não avalia apenas os exames, ele observa você como um todo.
Além das provas médicas, ele analisa o comportamento, a fala, os gestos e até a postura corporal do segurado.
Ele busca entender:
Se a doença realmente gera limitação funcional;
Se há compatibilidade entre os sintomas e a profissão da pessoa;
Se o tratamento médico está sendo seguido;
E se há possibilidade de reabilitação.
Dica importante: explique de forma clara como suas limitações interferem na rotina real.
Em vez de dizer apenas “sinto dor nas costas”, diga algo como:
“Sinto dor ao ficar mais de 10 minutos em pé ou sentado, e isso me impede de exercer minha função.”
Esses detalhes ajudam o perito a entender o impacto da sua condição, na prática.
Cuidado com as “pegadinhas” e estratégias usadas durante a perícia do INSS
Muitos segurados não sabem, mas alguns peritos utilizam estratégias sutis para testar a veracidade das informações prestadas.
Essas atitudes não são necessariamente ilegais, mas podem te colocar em situações delicadas se você não estiver preparado.
Veja alguns exemplos clássicos de “pegadinhas” na perícia do INSS:
O perito cria um clima amigável, fazendo piadas ou conversas leves, para ver se você se contradiz sobre sua condição.
Pode derrubar uma caneta no chão e pedir que você pegue. Se você se abaixar com facilidade, mesmo dizendo sentir dor lombar, ou outra relacionada, isso pode gerar suspeita de contradição.
Pode solicitar que você suba na maca ou faça movimentos que relatou não conseguir. Se você fizer, o perito pode anotar que há capacidade funcional preservada.
Às vezes, ele faz a mesma pergunta de maneiras diferentes para testar se sua resposta é coerente.
O que você deve fazer:
Nunca force um movimento que cause dor ou desconforto. Se o perito pedir algo que você não consegue fazer, responda com calma e firmeza:
“Doutor, não consigo realizar esse movimento devido à dor / fraqueza / rigidez.”
E lembre-se: o perito observa desde o momento em que você entra na sala até sair.
Então, evite gestos que possam contradizer o que você disse (como levantar uma bolsa pesada, sentar-se com facilidade ou caminhar rápido).
E se o resultado da perícia do INSS for negado?
Infelizmente, muitos pedidos de benefício são negados injustamente.
Mesmo com exames e laudos completos, é comum o INSS alegar que “não foi comprovada incapacidade laboral”.
Mas calma, o indeferimento não é o fim do caminho.
Você tem direito a:
Entrar com recurso administrativo: Caso o pedido de reconsideração também seja negado, você pode recorrer dentro do próprio INSS.
Ação judicial: Se a negativa persistir, o advogado pode ingressar na Justiça, onde um perito judicial independente fará uma nova avaliação, geralmente mais justa e técnica.
É muito comum que pessoas que preenchem todos os requisitos para receber um benefício, mas tiveram o pedido negado na perícia do INSS, consigam a aprovação por meio de uma ação judicial.
Por isso, o ideal é contar com o apoio de um advogado especialista em INSS, que vai analisar o laudo, identificar falhas e reunir provas médicas fortes para apresentar o seu caso da forma certa.
Conte com nossos advogados especialistas em Direito Previdenciário!
A perícia médica do INSS é um momento decisivo para quem busca um benefício por incapacidade.
Compreender como funciona, saber como se preparar e como agir diante das situações estratégicas do perito pode ser o diferencial entre ter o benefício aprovado ou negado.
Por isso, ter o apoio de um advogado especialista em INSS é fundamental. Ele vai te orientar, revisar seus documentos, te preparar para a perícia e, se necessário, entrar com recurso ou ação judicial.
O escritório Martins, Jacob & Ponath, Sociedade de Advogados tem ampla experiência em Direito Previdenciário e está pronto para te ajudar a enfrentar a perícia com segurança e confiança.
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FAQ - Perguntas Frequentes
1) O que é a perícia do INSS?
A perícia do INSS é o exame médico solicitado pelo INSS para verificar se o segurado está incapacitado para o trabalho ou para atividades normais, e assim definir se tem direito a um benefício por incapacidade.
2) Quando preciso fazer a perícia do INSS?
Você será convocado para a perícia do INSS sempre que solicitar benefício por incapacidade, como auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, ou quando for marcada revisão de benefício já concedido.
3) Quais documentos levar para a perícia do INSS?
Leve documentos de identificação, exames, laudos e receitas médicas atualizados, com descrição da doença, CID, assinatura e CRM do médico, além do agendamento da perícia.
4) O que o perito avalia durante a perícia do INSS?
Ele avalia sua saúde, documentos, exames, e pode pedir movimentos físicos ou testes simples. Também observa a coerência entre o que você relata e o que realmente faz.
5) Se meu benefício for negado, posso recorrer?
Sim, se o resultado da perícia for negativo, você pode fazer um recurso administrativo ou ingressar com ação judicial, com apoio de advogado especialista.
6) Posso ser reavaliado depois de ter obtido o benefício?
Sim, alguns benefícios concedidos com base em incapacidade permanente ou temporária podem ter revisão, e você será convocado para nova perícia para confirmar que a condição ainda persiste.
7) O que fazer se o perito pedir para eu fazer movimento que não consigo?
Não tente forçar o movimento. Explique com clareza que aquele gesto causa dor ou limitação, registre no laudo e mantenha coerência com o que consta em seus exames e laudos.
8) Como me preparar para a perícia do INSS?
Organize seus documentos, durma bem, vista-se de forma adequada, seja sincero sobre suas limitações, e converse antes com advogado especialista em direito previdenciário para evitar erros ou contradições.
Somos um escritório de advocacia especializado em Direito Previdenciário
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David Jacob, Advogado OAB RS 107.013 Martins, Jacob & Ponath Sociedade de Advogados Rua Gomes Portinho, 17 - Sala 302, Centro, Novo Hamburgo - RS Rua Santa Catarina, 653, Bom Pastor, Igrejinha - RS 51 98200-4157
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