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Fui vítima de golpe bancário, posso ser ressarcido?

  • Foto do escritor: Martins, Jacob & Ponath
    Martins, Jacob & Ponath
  • 21 de mar.
  • 6 min de leitura

Nos últimos anos, temos assistido a uma explosão de casos envolvendo golpes bancários. Com o avanço da tecnologia e a popularização de meios digitais de pagamento, como o Pix, criminosos encontraram maneiras cada vez mais sofisticadas de enganar pessoas, levando muitas a perderem economias inteiras em poucos minutos.


Diante desse cenário preocupante, uma dúvida se tornou cada vez mais comum: “Fui vítima de golpe bancário, posso ser ressarcido?” A resposta é: sim, é possível, mas é necessário entender bem a situação, os seus direitos, e como agir para buscar a reparação de forma correta e eficaz.


Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber para entender seus direitos e aumentar suas chances de receber o valor de volta. 


Saiba se é possível processar a Nubank por juros abusivos, como contestar cobranças indevidas e garantir seus direitos na Justiça.

O que é considerado um golpe bancário?


O termo golpe bancário abrange diversas práticas fraudulentas cometidas por criminosos que visam se apropriar de valores ou dados de clientes de instituições financeiras. Esses golpes podem ocorrer de diversas formas, e infelizmente, muitas vezes as vítimas só percebem o que aconteceu quando já é tarde demais.


Veja alguns exemplos comuns de golpes:


  • Phishing bancário: o fraudador se passa por um banco e envia e-mails ou mensagens falsas pedindo confirmação de dados ou senhas;


  • Golpe do falso atendente: o criminoso liga para a vítima fingindo ser do banco e, com informações convincentes, induz a pessoa a fazer transferências;


  • Boletos falsos: muitos golpistas enviam boletos idênticos aos verdadeiros, mas com o código de barras adulterado;


  • Clonagem de WhatsApp: com o controle do aplicativo, os golpistas pedem dinheiro a contatos da vítima;


  • Transferências indevidas via Pix: feitas rapidamente, muitas vezes sem autenticação dupla ou aviso;


  • Instalação de aplicativos falsos: que simulam o app do banco e roubam dados bancários;


  • Links maliciosos enviados por e-mail ou redes sociais que instalam programas espiões (spywares) no dispositivo da vítima.


Esses são apenas alguns dos muitos formatos que os golpes bancários podem assumir. O importante é saber que, em muitos desses casos, você pode ser ressarcido, sim.


Fui vítima de golpe bancário, posso ser ressarcido mesmo se eu autorizei a transação?


Essa é uma das dúvidas mais comuns entre os clientes bancários. Muitas vezes, o golpe ocorre de forma tão convincente que a própria vítima acaba realizando a transação, acreditando que está agindo corretamente. Isso acontece, por exemplo, em golpes do falso atendente ou mensagens de urgência enviadas por WhatsApp.


Mesmo nesses casos, a responsabilidade do banco pode ser reconhecida pela Justiça. Isso porque os tribunais têm considerado que os bancos devem oferecer mecanismos robustos de segurança para prevenir esse tipo de fraude, como:


  • Notificações em tempo real de movimentações suspeitas;

  • Mecanismos de bloqueio de transações atípicas;

  • Dupla verificação de identidade;

  • Limites para transações incomuns.

Quando a instituição financeira não oferece proteção suficiente, ou falha em detectar movimentações fora do padrão, ela pode ser considerada responsável pelos prejuízos causados ao consumidor.


Ou seja, mesmo que você tenha transferido o valor voluntariamente, se isso foi feito por indução ao erro, você pode, sim, ter direito ao ressarcimento.


O banco é obrigado a me devolver o dinheiro perdido?


Em muitas situações, sim, o banco é obrigado a ressarcir a vítima do golpe bancário. Isso acontece porque, segundo o Código de Defesa do Consumidor (CDC), as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos causados no fornecimento de seus serviços.


A responsabilidade objetiva significa que não é necessário provar culpa do banco, apenas que houve um dano e que ele ocorreu no contexto de uma relação de consumo, como é o caso de um cliente que sofre prejuízo por meio de um serviço bancário.


Além disso, o Banco Central do Brasil e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já firmaram o entendimento de que as instituições financeiras são responsáveis pelos prejuízos decorrentes de fraudes praticadas por terceiros, desde que fique demonstrada a falha na prestação do serviço.


Portanto, sim, em muitos casos, é possível recuperar o dinheiro perdido com o golpe, principalmente quando o banco não adotou medidas mínimas de segurança para proteger o consumidor.


Quais provas preciso reunir para buscar o ressarcimento?

Reunir provas do golpe bancário é um passo fundamental para aumentar suas chances de sucesso, seja em uma negociação com o banco ou em uma ação judicial.


Algumas provas importantes incluem:


  • Prints de tela do aplicativo bancário, mostrando a movimentação;

  • Mensagens de WhatsApp, SMS ou e-mails trocados com os golpistas;

  • Protocolo de atendimento do banco após você relatar o problema;

  • Comprovantes de transferências bancárias ou Pix;

  • Boletim de ocorrência registrado na delegacia (presencial ou online);

  • Gravações de áudio (caso tenha recebido ligações);

  • Relato detalhado do ocorrido, com datas e horários aproximados.


Essas evidências podem ser usadas pelo advogado especialista na hora de preparar a ação judicial. Quanto mais completo for o conjunto de provas, maior a chance de obter uma sentença favorável.


Tenho direito a indenização por danos morais?

Sim. Em muitos casos, além do ressarcimento financeiro, as vítimas de golpes bancários têm direito à indenização por danos morais.


Esse tipo de compensação é reconhecido judicialmente quando a fraude provoca:


  • Abalo emocional;

  • Ansiedade, medo ou insônia;

  • Constrangimento diante da família ou colegas;

  • Negligência ou descaso por parte do banco no atendimento;

  • Comprometimento do orçamento da vítima.


O valor da indenização por golpe bancário vai depender de vários fatores, como o montante envolvido, o impacto na vida da vítima e o comportamento da instituição financeira após o golpe.


Qual é o papel do advogado especialista em golpe bancário?

Contar com um advogado especialista em golpes bancários faz toda a diferença no seu caso. Esse profissional possui experiência com ações desse tipo, conhece a jurisprudência atualizada, sabe como argumentar perante o juiz e quais provas são mais relevantes.


Veja como ele pode ajudar:


  • Avaliar se o seu caso tem chance de sucesso;

  • Elaborar uma petição inicial bem fundamentada;

  • Negociar com o banco em busca de uma solução rápida;

  • Acompanhar o processo judicial até a sentença;

  • Solicitar o bloqueio de valores, quando possível;

  • Lutar por indenização por danos morais, além do valor financeiro perdido.


Portanto, se você sofreu esse tipo de fraude, o primeiro passo é procurar um advogado de confiança, que atue com direito do consumidor e direito bancário. Isso pode ser determinante para o sucesso do seu caso.


O que acontece depois que entro com a ação contra o banco?

Ao ingressar com a ação judicial, o banco será notificado pela Justiça e terá um prazo para apresentar sua defesa. Depois disso, o processo pode seguir para uma audiência de conciliação ou julgamento.


É comum que os bancos tentem um acordo extrajudicial para evitar condenações. Em muitos casos, o consumidor consegue recuperar o valor perdido e ainda receber uma quantia como compensação moral.


Se não houver acordo, o juiz analisará as provas e decidirá se o banco é ou não responsável pelo golpe sofrido. Quando a decisão é favorável à vítima, o banco será condenado a restituir o valor integral e, em alguns casos, a pagar também a indenização por danos morais.


Conclusão

Sim, você pode ser ressarcido. E mais: em muitos casos, ainda tem direito a indenização por danos morais.


Sabemos que ser vítima de um golpe bancário é uma experiência traumática. Além da perda financeira, há o sentimento de culpa, vergonha e até medo de confiar novamente em sistemas digitais. Mas é importante saber que você não está sozinho, e a lei está ao seu lado.


Os bancos têm o dever de proteger seus clientes, oferecendo sistemas seguros e eficientes. Quando isso não acontece, e o cliente sofre um prejuízo por uma fraude, é possível entrar com ação judicial e exigir seus direitos.


Se você passou por isso, o melhor caminho é buscar ajuda de um advogado especializado em golpe bancário, que poderá analisar seu caso e orientar sobre os melhores passos a tomar.


Entre em contato conosco agora mesmo pelo WhatsApp. Nossa equipe jurídica está pronta para avaliar sua situação e lutar para que você recupere o que perdeu. Não espere mais, a justiça é um direito seu.

 

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David Jacob, Advogado OAB RS 107.013 Martins, Jacob & Ponath Sociedade de Advogados Rua Gomes Portinho, 17 - Sala 302, Centro, Novo Hamburgo - RS Rua Santa Catarina, 653, Bom Pastor, Igrejinha - RS 51 98200-4157

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