Grávida demitida | Quais os direitos?
- Martins, Jacob & Ponath

- há 6 dias
- 6 min de leitura
Receber uma demissão durante a gravidez é algo que causa enorme preocupação. Além do impacto emocional, a gestante muitas vezes se vê insegura sobre como vai manter suas despesas, garantir acompanhamento médico e proteger o bebê. Mas existe algo essencial que você precisa saber: a lei brasileira assegura a proteção da mulher grávida, e em grande parte dos casos, a demissão é considerada ilegal.

Estou grávida e fui demitida, e agora?
Se a pergunta “fui demitida grávida, e agora?” está tirando seu sono, o primeiro passo é conhecer sua principal proteção: a estabilidade da gestante.
A lei garante que toda trabalhadora grávida tem estabilidade no emprego desde a concepção até 5 meses após o parto. Isso significa que:
Se você estava grávida no dia da demissão, a dispensa é considerada inválida.
Mesmo que você ainda não soubesse da gestação, o seu direito já existia.
A empresa é obrigada a reintegrar a funcionária ou pagar indenização total referente a todo o período da estabilidade.
O que isso representa na prática?
A demissão pode ser anulada.
Você pode pedir reintegração com pagamento dos salários atrasados.
Ou pode optar por indenização completa, sem precisar voltar ao trabalho.
"E se eu só descobri depois que fui demitida?"
Isso não muda nada. O direito surge no momento da concepção, e não quando a gravidez é descoberta.
A empresa não sabia da gravidez, isso muda algo?
Essa é uma das dúvidas mais frequentes, e a resposta é direta: não, isso não altera o seu direito.
A estabilidade da gestante é objetiva, o que significa que:
Não importa se o empregador sabia da gravidez.
Não importa se você ainda não tinha sintomas.
Não importa se a demissão foi “sem intenção”.
A proteção existe para evitar que a gestante fique vulnerável justamente no período em que mais precisa de estabilidade emocional e financeira.
A Justiça do Trabalho já consolidou o entendimento de que o conhecimento prévio da empresa não é requisito para garantir a estabilidade.
Que tipos de demissão garantem o direito à estabilidade da gestante?
A estabilidade vale em praticamente todas as modalidades de demissão. Veja os casos mais comuns:
1. Demissão sem justa causa
É o cenário mais recorrente. A empresa decide dispensar a funcionária, mas se ela estava grávida, a demissão não tem validade.
A gestante pode exigir:
Reintegração com todos os benefícios restabelecidos;
Ou indenização por todo o período de estabilidade.
2. Demissão durante o aviso-prévio
Mesmo que o aviso já tenha sido dado, ele ainda faz parte do contrato de trabalho. Se a gestante descobre a gravidez nesse período, o direito à estabilidade é garantido.
3. Contrato de experiência
Mesmo que o contrato seja por prazo determinado, como experiência, a gestante também tem estabilidade, conforme vários entendimentos dos tribunais. Ou seja, também aqui há direito à indenização ou reintegração.
4. Pedido de demissão
Se você pediu demissão, mas não sabia que estava grávida, pode reverter esse pedido, pois ninguém pode renunciar à estabilidade sem estar plenamente consciente.
5. Justa causa
É o único caso que pode impedir a estabilidade. Porém, exige prova robusta de falta grave.
Quais são os meus direitos ao ser demitida grávida?
Se você foi demitida grávida, estes são os direitos que podem garantir sua segurança financeira e proteger você e seu bebê:
1. Direito à reintegração ao trabalho
Você pode solicitar sua volta imediata ao emprego, com:
Pagamento de todos os salários desde a demissão;
Pagamento de 13º, férias e FGTS;
Restabelecimento do plano de saúde;
Manutenção da estabilidade até 5 meses após o parto.
A reintegração é uma forma de garantir tranquilidade e proteção nesse período.
2. Indenização por toda a estabilidade
Se você não deseja retornar ao trabalho, pode pedir a indenização correspondente a todo o período que teria direito:
Salários integrais;
Férias + 1/3;
13º salário;
Depósitos do FGTS + multa de 40%;
Benefícios econômicos vinculados ao contrato.
Essa opção é ideal para quem prefere seguir sua vida em outro rumo, mas sem abrir mão do que é seu por lei.
3. Rescisão indireta
Você pode pedir rescisão indireta.
Se isso acontecer, você recebe:
Todos os direitos de uma demissão sem justa causa;
Somado ao seu direito de estabilidade.
É uma saída para quem não quer continuar na empresa.
4. Indenização por Danos Morais
Quando a empresa age de forma abusiva, ignora a estabilidade ou causa sofrimento, humilhação e insegurança à gestante, é possível pedir indenização por danos morais.
Casos comuns:
Demissão mesmo sabendo da gravidez.
Pressão psicológica para pedir demissão.
Recusa em reintegrar.
Exposição da gestante a riscos desnecessários.
Essa indenização é um reconhecimento do sofrimento causado e pode aumentar significativamente o valor da ação.
Conte com nossos advogados especialistas para garantir seus direitos!
Lidar com uma demissão durante a gravidez é extremamente delicado. Muitas mulheres não sabem por onde começar, e muitas empresas tentam negar direitos, empurrar responsabilidades ou simplesmente ignorar a lei.
Por isso, contar com um advogado especializado em estabilidade gestante faz toda a diferença.
Nossa equipe pode te ajudar com:
Análise completa da sua situação;
Cálculo do valor da indenização que você tem direito;
Pedido imediato de reintegração, quando necessário;
Notificação extrajudicial à empresa;
Ação trabalhista rápida e estratégica;
Garantia dos seus direitos e da segurança que você e seu bebê merecem.
Quanto mais rápido você agir, maiores as chances de recuperar tudo que é seu por lei.
Clique no WhatsApp e fale agora com nossos advogados especialistas em direitos da gestante.
FAQ - Perguntas Frequentes
1) Empregada grávida pode ser demitida sem justa causa?
Não. A gestante tem estabilidade no emprego desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
2) E se o patrão não souber da gravidez, a empregada pode ser demitida?
Mesmo assim, o direito à estabilidade é garantido, bastando comprovar que a gestação existia no momento da demissão.
3) Quantos meses de licença-maternidade a grávida tem direito?
A licença-maternidade é de 120 dias, podendo ser prorrogada para 180 dias em empresas do Programa Empresa Cidadã.
4) Grávida tem direito a sair do trabalho para consultas médicas?
Sim. A CLT garante o direito de se ausentar para consultas e exames, sem desconto no salário.
5) Empregada com gravidez de risco pode ser afastada?
Sim. A gestante pode ser afastada pelo INSS e receber auxílio-doença até poder retornar ao trabalho.
6) Posso ser demitida no retorno da licença-maternidade?
A estabilidade se estende até cinco meses após o parto, mesmo após a licença.
7) Trabalhadora doméstica grávida também tem estabilidade?
Sim. A Constituição garante estabilidade para todas as empregadas, inclusive domésticas.
8) Quem paga o salário durante a licença-maternidade?
O INSS paga o salário-maternidade, mas em alguns casos o pagamento é feito pela empresa e compensado depois.
9) Posso perder o benefício se pedir demissão grávida?
Sim. Ao pedir demissão voluntariamente, a gestante abre mão da estabilidade, exceto se houver coação.
10) O que fazer se for demitida grávida?
Procure um advogado trabalhista. Ele pode pedir a reintegração ou indenização referente ao período de estabilidade.
Somos um escritório de advocacia especializado em Direito Trabalhista
Áreas de atuação no Direito Trabalhista:
Cobrança de horas extras
Rescisão indireta
Anulação de justa-causa
Indenização por danos morais
Insalubridade
Periculosidade e Penosidade
Verbas rescisórias
Salários pagos "por fora"
Anotações na carteira de trabalho
Assédio no emprego
Salário atrasado
Sem registro na carteira
Cálculos trabalhistas
Assédio moral
Desvio de função
Equiparação salarial
Registro em CTPS
Pejotização
Terceirização
Empregados bancários
Acidente de trabalho
Doença ocupacional
Estabilidade
Horas de sobreaviso
Acúmulo de função
Vínculo empregatício
Demissão por justa causa
Reclamatórias trabalhistas
FGTS, Multa de 40% e seguro desemprego
Ação de indenização moral e material por acidente de trabalho
Ação por direitos não pagos
Ação de vínculo empregatício
Advocacia preventiva
Cálculos trabalhistas
Defesas e recursos em ações trabalhistas
Entre em contato com um especialista em Direito Trabalhista agora!
Os nossos advogados especializados em Direito Trabalhista podem te atender de forma presencial ou online pelo telefone WhatsApp:
O assunto não se esgota aqui, existe farta discussão jurídica sobre o tema, por isso, procure sempre um advogado... Ligue agora clicando aqui!!!
Dica:
Procure sempre um advogado...
#gestante #gravida #gravidez #direitoadogestor #demissaogestante #direitodagestante #estabilidadegestante #advogadatrabalhista #advogadaprevidenciaria #direitodatrabalhadora #gravidaedemitida #licencamaternidade #estabilidadeemprego #clt #direitodasmulheres #direitodamae #maedetrabalhadora #gestanteemdificuldade #justicadotrabalho #reintegracao #indenizacaotrabalhista #gestanteremovida #gravidezderisco #inss #auxiliodoenca #advocacia #advogadabrasil #gestacao #mulheresnolead #empregadagravida #direitosgarantidos #naopode #protecaogestante #demissaoinjusta #advogadaparagestante #processotrabalhista #leisTrabalhistas #segurancajuridica #mulheresfortes #maequetrabalha #trabalhadorabrasileira #justicacompleta #equidade #respeito #naoabrammao
David Jacob, Advogado OAB RS 107.013 Martins, Jacob & Ponath Sociedade de Advogados Rua Gomes Portinho, 17 - Sala 302, Centro, Novo Hamburgo - RS Rua Santa Catarina, 653, Bom Pastor, Igrejinha - RS 51 98200-4157





Comentários