Perda Auditiva Ocupacional | Conheça seus Direitos
- Martins, Jacob & Ponath
- 4 de dez.
- 5 min de leitura
A perda auditiva causada pelo trabalho é uma das doenças ocupacionais que mais crescem no Brasil, mas também uma das mais ignoradas pelos empregadores. Isso acontece porque ela não aparece de um dia para o outro: é silenciosa, progressiva e se instala ao longo de meses ou anos de exposição ao ruído. Quando o trabalhador percebe, muitas vezes o dano já é permanente. O que pouca gente sabe é que a perda auditiva ocupacional gera uma série de direitos.

O que é a Perda Auditiva Ocupacional?
A perda auditiva ocupacional é uma redução parcial ou total da capacidade de ouvir, provocada diretamente pelas condições de trabalho. Ela surge quando o trabalhador fica exposto por longos períodos a ruídos intensos, vibrações, máquinas pesadas ou agentes químicos ototóxicos.
Ao contrário da perda auditiva ligada à idade, esse tipo é causado especificamente pelo ambiente laboral e, por isso, é reconhecido como doença ocupacional.
Esse dano acontece de maneira lenta. No início, o trabalhador nota apenas:
dificuldade em compreender conversas em locais barulhentos
sensação de ouvido “abafado”
zumbidos frequentes
necessidade de aumentar o volume de TV ou celular
Com o tempo, a exposição contínua destrói as células do ouvido interno. Essas células não se regeneram. Por isso, a perda pode se tornar definitiva e incapacitante.
Como a Perda Auditiva Acontece no Ambiente de Trabalho?
A perda auditiva ocupacional pode se desenvolver por vários fatores típicos do ambiente laboral:
• Exposição prolongada a ruídos acima de 85 dB
É o limite máximo permitido pela NR-15 para uma jornada de 8 horas. Acima disso, existe risco concreto de dano auditivo.
• Sons de impacto e explosões acústicas
Máquinas de corte, prensas, marretas, equipamento pneumático e até estampidos ocasionais podem lesionar o ouvido interno.
• Vibrações contínuas
Motoristas, operadores de empilhadeira e profissionais que manuseiam ferramentas vibratórias têm risco aumentado.
• Contato com produtos químicos ototóxicos
Solventes, tintas, combustíveis, pesticidas e alguns gases podem danificar o nervo auditivo.
• Falta ou mau uso de EPI
Sem protetor auricular adequado e testado, o trabalhador fica desprotegido.
• Má manutenção de máquinas e ausência de isolamento acústico
Ambientes fechados intensificam o impacto do ruído.
A combinação desses fatores provoca um desgaste progressivo da audição, muitas vezes irreversível.
Direitos de quem sofreu Perda Auditiva devido ao Trabalho
Quando o trabalhador desenvolve perda auditiva por exposição ocupacional, vários direitos podem ser garantidos pela legislação trabalhista e previdenciária.
1. Auxílio-Doença Acidentário (B91)
Concedido quando a perda auditiva impede o trabalhador de desempenhar suas atividades temporariamente.
2. Auxílio-Acidente (indenizatório)
Quando há sequela permanente, mesmo que pequena, o segurado pode receber um valor mensal.
3. Aposentadoria por Invalidez Acidentária
Se a perda auditiva for grave e impossibilitar o exercício de qualquer profissão, o trabalhador tem direito à aposentadoria por incapacidade permanente.
4. Aposentadoria Especial
Períodos trabalhados com ruído acima de 85 dB podem ser contabilizados como tempo especial, reduzindo o tempo necessário para se aposentar.
5. Indenização da Empresa
Quando a perda auditiva ocorre por falha do empregador, ele pode ser condenado a pagar:
Danos morais
Danos materiais (gastos médicos, próteses, tratamentos)
Pensão mensal vitalícia
Danos estéticos, quando houver deformidades ou sequelas visíveis
Mesmo que haja fornecimento de EPI, a empresa pode ser responsabilizada se não fiscalizou o uso ou se os equipamentos eram inadequados.
6. Estabilidade no Emprego
Quem recebe B91 tem garantia de emprego por 12 meses após a alta do INSS.
Quais profissões têm mais risco de Perda Auditiva Ocupacional?
Qualquer ambiente ruidoso pode gerar perda auditiva, mas alguns profissionais estão no grupo de risco:
metalúrgicos e funileiros
marceneiros
operadores de caldeira, torno e prensa
soldadores
motoristas e cobradores
trabalhadores de frigoríficos
funcionários de siderúrgicas e usinas
mecânicos e borracheiros
profissionais de aeroportos
pedreiros, serventes e trabalhadores da construção civil
mineiros
operadores de máquinas pesadas
trabalhadores têxteis
motoboys expostos a ruído e vibração
Se você atua ou atuou em ambientes como esses, há grande chance de seu quadro auditivo estar ligado ao trabalho.
Conte com Advogados Especialistas para defender seus direitos
A perda auditiva causada pelo trabalho não afeta apenas a saúde: compromete a vida social, a comunicação, o emocional e a capacidade laboral. Muitos trabalhadores passam anos expostos a ruído excessivo sem receber proteção ou orientação adequada.
Se você já sente dificuldade para ouvir, apresenta zumbido ou teve diagnóstico de perda auditiva, é possível buscar:
Auxílio-doença acidentário
Aposentadoria por incapacidade
Auxílio-acidente
Indenização da empresa
Estabilidade no emprego
Um advogado especialista em doenças ocupacionais poderá reunir provas, solicitar perícias e garantir que seus direitos sejam reconhecidos.
FAQ - Perguntas Frequentes
1. A empresa pode ser responsabilizada pela minha perda auditiva?
Sim, quando há falha na proteção, ausência de EPI, falta de treinamentos ou exposição acima dos limites. Nesses casos, pode haver indenização e benefícios previdenciários.
2. É possível receber indenização por perda auditiva parcial?
Sim. Mesmo a perda parcial pode gerar danos morais, materiais e até pensão mensal, dependendo do impacto na capacidade de trabalho.
3. O INSS concede auxílio para quem tem perda auditiva ocupacional?
Sim. Conforme o caso, o segurado pode receber Auxiliar-Acidente, Auxílio por Incapacidade Temporária ou até Aposentadoria por Invalidez.
4. A empresa é obrigada a fornecer protetor auricular?
Sim. Quando o ruído ultrapassa os limites legais, o fornecimento de EPI adequado e em perfeito estado é obrigatório.
5. Como saber se a minha perda auditiva foi causada pelo trabalho?
A partir de audiometria, histórico ocupacional, intensidade do ruído e perícia médica. Um advogado especialista também ajuda a comprovar o nexo causal.
6. A perda auditiva impede a pessoa de continuar trabalhando?
Depende. Alguns trabalhadores continuam, outros precisam ser readaptados, e casos graves podem levar à aposentadoria por incapacidade.
7. Qual o ruído máximo permitido por lei no ambiente de trabalho?
A NR-15 estabelece 85 decibéis como limite permitido para uma jornada de 8 horas, acima disso há risco e necessidade de medidas de proteção.
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David Jacob, Advogado OAB RS 107.013 Martins, Jacob & Ponath Sociedade de Advogados Rua Gomes Portinho, 17 - Sala 302, Centro, Novo Hamburgo - RS Rua Santa Catarina, 653, Bom Pastor, Igrejinha - RS 51 98200-4157

